Como Conviver com Alergia a Gatos
Conviver com a alergia a gatos pode parecer desafiador, especialmente para quem é apaixonado por felinos, mas não quer abrir mão da companhia deles.
A alergia a gatos, na maioria dos casos, é desencadeada pela proteína Fel d 1, presente na saliva, urina e pele dos felinos.
Pessoas sensíveis a esta protreína podem apresentar sintomas como espirros, coceira, garganta e olhos irritados.
No entanto, existem estratégias e cuidados que permitem minimizar os sintomas alérgicos, como mudanças na rotina de limpeza até ajustes na alimentação do animal, tornando possível uma convivência saudável entre humanos e gatos.
Seguindo as dicas e cuidados, é possível criar um ambiente mais confortável e reduzir significativamente as reações alérgicas.
Neste artigo, exploraremos estratégias práticas e seguras para que alérgicos possam desfrutar da companhia dos gatos sem comprometer sua saúde.
Veja também: Alergia a Gatos: Descubra como Neutralizar a Causa deste Problema
O que causa alergia a gatos?
Muitas pessoas acreditam que a alergia a gatos é causada diretamente pelo contato com os pelos do animal, mas, na realidade, os pelos são apenas um meio de dispersão dos alérgenos.
A verdadeira causa da alergia está em uma proteína chamada Fel d 1, responsável por cerca de 95% dos casos de alergia a gatos.
Essa proteína é produzida e excretada pelas glândulas salivares, sebáceas e pela urina dos felinos. A reação alérgica ocorre porque os gatos se lambem frequentemente, depositando a Fel d 1 em seus pelos. À medida que os pelos caem e se espalham pelo ambiente, eles carregam essa proteína, junto com partículas de pele morta, que acabam provocando os sintomas alérgicos em pessoas sensíveis.
Além dos pelos, a Fel d 1 pode aderir a superfícies como móveis, roupas e até mesmo permanecer suspensa no ar, prolongando a exposição ao alérgeno. Por isso, o simples ato de estar em um ambiente onde um gato vive pode desencadear reações alérgicas, mesmo sem contato direto com o animal.
![Gato cinza tocando a pata na mão de uma pessoa.](https://vidadosbichos.com.br/wp-content/uploads/2024/10/gato-cinza-tocando-mao-de-uma-pessoa-1024x576.jpg)
Quais São os Sintomas da Alergia a Gatos?
Os sintomas da alergia a gatos são comuns e podem se manifestar logo após o contato com o animal ou surgir em algumas horas, ou até dias depois.
A intensidade dos sintomas varia de acordo com o grau de sensibilidade de cada pessoa, podendo ir de reações leves a mais severas. Veja abaixo os principais sintomas:
- Espirros frequentes
- Congestão nasal e coriza
- Coceira nos olhos e olhos lacrimejantes
- Irritação ou vermelhidão nos olhos
- Tosse ou dificuldade para respirar, especialmente em pessoas com asma
- Coceira na pele ou erupções cutâneas em áreas que tiveram contato com o gato
- Chiado no peito ou sensação de aperto no peito
- Falta de ar ou dificuldade respiratória
Esses sintomas podem ser confundidos com os de outras alergias, como a rinite alérgica, e sua gravidade depende do tempo de exposição e da quantidade de alérgenos presentes no ambiente.
Pessoas com maior sensibilidade podem experimentar sintomas mais intensos imediatamente após o contato, enquanto outras podem notar um aumento gradual das reações com o tempo.
![Mulher espirrando com gato cinza deitado no sofá.](https://vidadosbichos.com.br/wp-content/uploads/2024/10/mulher-espirrando-com-gato-cinza-deitado-no-sofa-1024x576.jpg)
Como Conviver com a Alergia a Gatos?
Se você é sensível aos alérgenos dos gatos, mas não quer abrir mão da convivência com seu felino, existem medidas que podem ajudar a reduzir os sintomas alérgicos e tornar a convivência mais confortável.
Embora a alergia a gatos não tenha cura, buscar ajuda médica é fundamental. Um alergista poderá avaliar o seu caso individualmente, solicitando testes para identificar os alérgenos específicos que desencadeiam sua reação. Com base nisso, o especialista pode recomendar um tratamento adequado.
Uma das opções de tratamento é a imunoterapia, que consiste em aplicações regulares de vacinas contendo pequenas doses do alérgeno, neste caso, a proteína Fel d 1.
Com o tempo, o corpo desenvolve uma resistência ao alérgeno, reduzindo gradualmente os sintomas e tornando a exposição ao gato mais tolerável.
Este processo pode levar meses ou até anos, mas pode ser uma solução eficaz para quem deseja continuar convivendo com gatos.
Além do tratamento médico, algumas mudanças na rotina e cuidados com o ambiente também são recomendadas:
- Higienização frequente: Escove o gato regularmente para reduzir a quantidade de pelos soltos e alérgenos no ambiente.
- Banhos ocasionais: Dê banhos no gato conforme orientação veterinária para diminuir a presença de alérgenos na pele e no pelo.
- Purificadores de ar: Use purificadores de ar com filtros HEPA para reduzir a quantidade de partículas alérgicas no ar.
- Limpeza regular da casa: Aspire os móveis e superfícies de tecido como sofás, carpetes e tapetes, lave roupas de cama e cortinas frequentemente.
- Restrição de áreas: Se possível, mantenha o gato fora do quarto ou de áreas de descanso onde você passa muito tempo, reduzindo a exposição aos alérgenos.
- Evite o contato direto: Ao acariciar o seu gato, tenha cuidado com lambidas e evite beijá-lo, não se esqueça de não levar as mãos aos olhos e nariz e sempre lavá-las após o contato.
- Evite o uso de vassoura e espanador: Ao fazer a limpeza da casa, evite o uso de vassouras ou acessórios que podem ajudar a espalhar as partículas pelo ar.
- Mantenha a caixa de areia limpa: Mantenha a caixa de areia sempre limpa, evite o acúmulo de urina e fezes.
- Use máscara e luvas: Sempre que precisar fazer a limpeza da caixa de areia ou da sua casa, utilize máscara e luvas de borracha como proteção para evitar ao máximo o contato com os alérgenos.
Com essas práticas e o acompanhamento médico adequado, é possível minimizar os sintomas e continuar aproveitando a companhia dos gatos de forma mais confortável.
Para entender melhor sobre este assunto, confira no vídeo a seguir uma explicação breve do especialista Dr. Clóvis Eduardo Santos Galvão para o canal Alergoshop sobre “Alergia a Animais Domésticos: O que Fazer?”.