Quantos anos vive um gato: diferenças entre vira-lata e de raça e como aumentar a longevidade do gato!

Quando pensamos em adotar um animal muitas dúvidas podem surgir, dentre elas, o principal questionamento é sobre a estimativa de vida de um pet, imediatamente nos vem a mente a seguinte pergunta: quantos anos vive um gato? Se tratando de um animal bem cuidado, saudável e feliz, é possível que a estimativa de vida de um felino seja de até 20 anos.

Assim como nós seres humanos, a estimativa de vida de um animal irá depender do estilo de vida praticado ao longo dos anos. No caso dos animais, isso irá depender dos cuidados oferecidos por seus tutores.

São vários fatores que influenciam na vida de um gato, dentre tudo que podemos fazer, os dois principais pontos que contribuem para a longevidade são: a alimentação de qualidade, ou seja, oferecer alimentos ricos em nutrientes e vitaminas, e também, entender o comportamento de um gato para que o animal se sinta feliz e cada vez mais ativo.

Então, além de nos questionarmos sobre qual a expectativa média de vida de um gato doméstico, é preciso que saibamos também quais são os cuidados essenciais que devemos ter para que os felinos vivam por muitos anos.

Neste artigo iremos falar sobre as principais informações para que os donos de gatos saibam quantos anos vive um gato e o que fazer para prolongar a estimativa de vida do mascote com saúde e qualidade de vida.

Quantos anos vive um gato?

Um gato pode viver em média de 14 a 20 anos, no entanto, essa estimativa pode variar por inúmeros fatores, tais como cuidados de saúde, ambiente, dieta e genética.

A disponibilidade de cuidados veterinários regulares, a qualidade da nutrição fornecida e o ambiente em que vivem são alguns dos fatores que influenciam significativamente a longevidade dos gatos vira-latas, assim como os gatos de raça pura. Em geral, os felinos podem desfrutar de uma vida longa e saudável quando recebem os cuidados necessários e um ambiente propício ao seu bem-estar.

Com base nas principais raças de gatos, a seguir você pode observar qual é a expectativa de vida para cada uma delas:

Raça de Gato	Expectativa de Vida
Siamês	10-15 anos
Persa	12-17 anos
Maine Coon	12-15 anos
Sphynx	12-14 anos
Bengal – Gato-de-bengala	12-16 anos
British Shorthair – Gato de pelo curto inglês	12-20 anos
Ragdoll	12-17 anos
Abyssinian – Gato abissínio	9-15 anos
Scottish Fold	11-15 anos

No Brasil, é ainda mais comum encontrarmos os gatos domésticos de variedade não definida, conhecidos popularmente como gatos vira-latas. Para essa classe de felinos, a mistura de raças permitiu que a expectativa de vida deles seja também bastante longa, podendo viver entre 12 a 15 anos. Entretanto, quando bem cuidados, os gatos vira-latas têm potencial para viver até mais de 20 anos.

Como saber a idade de um gato?

Quando adotamos um animal já crescido, é comum questionarmos qual é a sua idade, isso nos ajuda a entender melhor suas necessidades e expectativas de vida. Nesse sentido, um médico veterinário é a melhor pessoa para fornecer essa informação de forma precisa, além de realizar uma avaliação completa da saúde do gato, garantindo seu bem-estar.

No entanto, se você deseja ter uma ideia da idade do novo pet antes da consulta veterinária, existem algumas técnicas que podem ser úteis. Observar o estado dos dentes e das gengivas, examinar a condição da pelagem e das articulações, além de observar o comportamento e atividade física do gato, podem oferecer pistas sobre sua idade aproximada. Mesmo assim, é importante lembrar que essas estimativas não substituem a avaliação profissional de um veterinário.

Confira a seguir um pouco mais sobre como descobrir a idade de um gato.

Arcada Dentária

Uma das principais maneiras de identificar a idade de um gato é observando a aparência dos seus dentes.

Assim como acontece com os seres humanos, os animais também passam por diferentes fases.

Enquanto filhotes, os dentes dos felinos possuem aspecto de limpo, são dentes brancos e sem marcas (independente de serem dentes de leite ou permanentes). Quando observamos manchas amareladas e até tártaro em alguns dentes, é provável que este gato já tenha entre 1 a 2 anos.

Se as manchas se espalharam e podem ser observadas em mais dentes, ou até em toda a arcada dentária, é possível que este gato tenha entre 3 a 5 anos.

Gatos mais idosos, com idade entre 10 a 15 anos podem sofrer com a perda de dentes até mesmo pela falta ou má higiene bucal.

Olhos

Descobrir a idade de um gato através dos olhos é um pouco mais difícil pois requer um observação mais técnica, mas se você já teve outros felinos ao longo da vida e está habituado com a presença destes pets, pode conseguir identificar estas características um pouco mais facilmente.

Quando um gato ainda é jovem entre a fase de filhote a adulto os seus olhos possuem tons vivos e brilhantes, quando atigem a terceira idade, se tornando idosos, essa fase marca um olhar opaco e turvo.

Pelos

A pelagem de um animal diz muito sobre ele, além da idade, é possível saber até mesmo como está a saúde deste gato.

Se o seu pet estiver recebendo bons cuidados com uma alimentação de qualidade, rica em vitaminas e nutrientes você pode descobrir a idade dele através dos pelos.

Quando jovens, os gatos possuem pelos brilhantes e macios, com o avanço da idade, além dos fios grisalhos, o pelo naturalmente tende a ficar opaco e até um pouco ressecado.

Disposição e comportamento

Quanto mais jovem, mais ativo e disposto o animal tende a ser. Gatos filhotes e jovens adultos brincam, correm, pulam e se exercitam com mais intensidade.

Gatos com a idade mais avançada apresentam um comportamento mais vagaroso, com menos disposição para brincadeiras e passam a maior parte do tempo descansando em algum lugar confortável.

As fases da vida de um felino

Conhecer os estágios da vida de um gato pode nos ajudar a entender por qual etapa da vida este animal está passando, para que assim possamos direcionar os melhores cuidados para a saúde e para a qualidade de vida do mesmo.

Cada fase de um felino corresponde as respectivas idades e características:

Infância

Desde o nascimento até cerca de 6 meses de idade. Durante essa etapa inicial, os gatinhos dependem inteiramente da mãe para alimentação e cuidados, enquanto desenvolvem suas habilidades sociais e motoras através das interações com a mãe e os irmãos.

Juventude

Aproximadamente dos 6 meses até cerca de 2 anos de idade. Durante este período de juventude, os gatos estão em pleno crescimento e desenvolvimento. São altamente ativos, exploram o ambiente ao seu redor e aprendem habilidades essenciais, como a caça, através de brincadeiras.

Adulto Jovem

Dos 2 aos 6 anos de idade. Durante esta fase, os gatos atingem a maturidade física e sexual. Eles são energeticamente ativos e podem apresentar um estilo de vida independente.

Adulto Maduro

Dos 7 aos 10 anos de idade. Nesta etapa de maturidade, os gatos entram em uma fase mais estável de vida. Podem começar a desacelerar um pouco e podem necessitar de cuidados adicionais devido ao processo de envelhecimento.

Sênior

Dos 11 aos 14 anos em diante. Na fase sênior, os gatos são considerados idosos. Nesta etapa da vida, eles podem enfrentar uma variedade de mudanças físicas e comportamentais associadas ao envelhecimento, como a diminuição de atividades físicas, problemas dentários e doenças crônicas.

O que fazer para que o gato viva por mais tempo?

Nenhum tutor está preparado para ver seus animais partindo, todos esperam passar o máximo de tempo possível junto dos seus pets, e para que isso seja possível, devemos ter alguns cuidados para que os gatos vivam uma vida longa, saudável e feliz.

A seguir você poderá conferir uma lista com 5 cuidados para aumentar a expectativa de vida de um gato e promover a longevidade do seu felino.

1. Alimentação

A base para uma vida saudável e feliz começa com uma boa alimentação. Seja para nós seres humanos, como para os animais e principalmente para os gatos.

Por natureza, seguindo os instintos de seus ancestrais, os gatos são uma espécie de animal carnívoro, o principal alimento para os felinos é a carne.

Com a domesticação da espécie, os gatos se adaptaram e seu organismo se adequou a uma dieta apenas com a proteína animal (presente na maioria das rações industrializadas).

Os gatos possuem um instinto de caça muito apurado, seu olfato e paladar são exigentes, comidas não tão suculentas podem facilmente serem recusadas e ignoradas por estes pets.

A hora das refeições precisa ser atrativa e instigar os instintos do gato, proporcionando uma experiência sensorial que estimule seu interesse natural pela caça e pela busca de alimentos.

Isso pode ser alcançado através da utilização de brinquedos que você possa colocar a ração dentro para estimular o gato a “caçar” sua comida, ou oferecendo uma variedade de texturas e aromas para enriquecer sua dieta.

Além disso, é importante fornecer uma alimentação equilibrada e adequada às necessidades nutricionais do gato, promovendo sua saúde e bem-estar a longo prazo.

Complementando a oferta de rações secas, você pode variar as refeições utilizando sachês. No mercado ou em petshops você encontrará uma infinidade de marcas, sabores e diferentes tipos de comida para gato.

2. Estimular o instinto de caça

Como dissemos acima, os gatos são naturalmente caçadores. Mesmo com a domesticação da espécie, os traços herdados por seus ancestrais selvagens prevaleceu e ainda é muito forte na personalidade dos felinos.

Dito isso, precisamos ter em mente que para que o gato viva uma vida mais feliz, é preciso que suas necessidades comportamentais sejam diariamente estimuladas, principalmente os gatos que vivem em apartamentos ou em casas teladas.

Mantendo uma rotina ativa, o gato irá instintivamente exercitar o seu corpo físico, mas principalmente a sua mente. Promovendo maior bem estar e felicidade.

A dica é dispor espaços em sua casa para que os gatos possam se divertir. Utilize brinquedos como arranhadores, casinhas ou prateleiras próprias para gatos para que eles possam escalar livremente e com segurança.

Brinquedos como ratinhos de borracha, peixes, ou até varinhas mágicas com penas podem ser excelentes distrações, especialmente para fortalecer o vínculo do tutor com seu pet. Esse tipo de brinquedo que podemos usar com os gatos ajudam a criar confiança e proximidade com os felinos.

3. Castração

A castração de gatos é amplamente reconhecida como uma prática benéfica para promover o bem-estar e prolongar a vida dos felinos. Ela desempenha um papel crucial na prevenção de uma série de problemas de saúde e comportamentais, ao mesmo tempo em que ajuda a controlar a população de gatos.

Estudos e pesquisas realizados ao longo dos anos têm destacado os inúmeros benefícios da castração em gatos:

• Redução significativa do risco de desenvolvimento de certos tipos de câncer, como câncer de mama e câncer de próstata;
• Prevenção eficaz de doenças do sistema reprodutivo, como piometra (infecção uterina) em fêmeas e problemas relacionados à próstata em machos;
• Diminuição da ocorrência de comportamentos indesejados, como marcação territorial com urina, agressão, vocalização excessiva durante o período de cio;
• Contribuição vital para o controle populacional de gatos, diminuindo a quantidade de animais abandonados e evitando a superpopulação em abrigos e nas ruas.

Donos de gatos também afirmam que após a castração o comportamento dos felinos muda completamente, antes um animal que vivia indo na rua, ou miando incansavelmente para sair, após a castração se torna mais caseiro, preferindo estar dentro de casa e se divertindo com seus próprios brinquedos.

Esses benefícios são amplamente respaldados por literatura veterinária, incluindo livros, artigos científicos e diretrizes de organizações de bem-estar animal e saúde pública.

Para aqueles que desejam explorar ainda mais o assunto e obter informações específicas ou referências científicas, é recomendável consultar bases de dados acadêmicas ou artigos de revistas especializadas em medicina veterinária.

4. Limitar o acesso as ruas

É comum que donos tradicionais de gatos defendam a “vida livre”, onde um gato tenha acesso as ruas a qualquer momento e sem supervisão.

Mas com o avanço da medicina e com novos estudos surgindo, é indescutível que hoje a melhor orientação é manter os gatos seguros dentro de casa.

Chamada de criação indoor, a criação caseira consiste em telar toda a casa e limitar o acesso do felino as ruas, saindo apenas com a presença dos seus donos para curtos passeios.

Gatos que saem livremente de casa estão mais suscetíveis aos perigos das vias, como roubo (especialmente de gatos de raça), envenenamento, atropelamento, brigas com outros animais e principalmente, estes felinos ficam expostos a diversas doenças transmissíveis, como toxoplasmose, que pode ser passada para seres humanos ou até mesmo a temida AIDS Felina ou FIV (Vírus Imunodeficiência Felina).

Para suprir a necessidade de estar em movimento e gastar energia, disponha em casa brinquedos e objetos que possam estimular e entreter os gatos.

A criação indoor pode ser extremamente benéfica para aumentar a expectativa de vida de um gato, mas também pode ser prejudicial para a saúde mental do felino se este animal não tiver o que fazer dentro de casa.

5. Cuidados Essenciais para o Bem-Estar Felino

Além dos cuidados fundamentais já mencionados, manter um gato saudável requer atenção a diversos aspectos que muitas vezes podem passar despercebidos. Embora muitos tutores se preocupem com a alimentação e a diversão dos felinos, é crucial lembrar-se do aspecto central: a higiene.

A higiene é uma das principais características da personalidade dos gatos, e é fundamental para seu bem-estar geral. A utilização da caixa de areia para as necessidades fisiológicas é uma prática natural para a maioria dos gatos, concentrando-as em um único local.

Porém, é essencial garantir a manutenção adequada das caixas de areia. A areia suja não só é desagradável para o animal, mas também pode contribuir para o desenvolvimento de doenças e infecções cutâneas, entre outros problemas que posteriormente podem afetar todo o corpo e órgãos do gato.

Além da higiene, as visitas regulares ao veterinário são cruciais para garantir o bem-estar do felino. O profissional poderá solicitar exames de rotina que são essenciais para monitorar a saúde do animal.

A vacinação e a vermifugação são cuidados indispensáveis que devem ser realizados regularmente com a orientação de um profissional qualificado. Essas medidas preventivas não apenas protegem o gato contra uma série de doenças, mas também promovem uma vida longa e saudável para o seu companheiro felino.

Confira no vídeo a seguir 10 dicas preparadas pelo canal Perito Animal, disponível no Youtube sobre Como Cuidar de um Gato para que ele viva mais.

Qual a idade de um gato comparado com a de um ser humano?

Uma das maiores curiosidades dos tutores é ao pensar, quantos anos meu gato teria se fosse um humano?

Não existe uma maneira científica de fazer este cálculo, mas se fizermos uma comparação com a expectativa de vida dos seres humanos, poderíamos dizer que dois anos de um gato equivalem a 24 nossos.

O primeiro ano de vida de um gato se equipara a 15 anos de um humano, no segundo ano de vida, podemos somar dez anos, do terceiro ano em diante a contagem desacelera, cada ano passado pelo gato equivale a quatro anos de um humano, aproximadamente.

Os gatos mais velhos do mundo

Nascida no Texas – EUA, Crème Puff foi uma gatinha sem raça definida que viveu por 38 anos e 3 dias. Sendo considerada a gata doméstica mais velha do mundo, Crème entrou para o Guiness Book, o livro dos recordes.

Rubble, um gato inglês que faleceu pouco antes de completar seus 32 anos, em julho de 2019 chamou atenção da mídia e ganhou destaque ao completar seus 31 anos.

Gostou de saber quantos anos um gato pode viver? Comente aqui embaixo se você tem um felino em casa e quantos anos seu pet já tem de vida.